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breve intervalo

E fez da vida ao fim…

Leituras: Abril 2024

Maio 30, 2024

Quase Maio terminado e reparo não ter registado nada sobre as leituras de Abril. Fica tardiamente o registo, para ter uma espécie de consistência fingida a não falhar. Em Abril terminei 5 leituras e como já está a ser costume este ano a maior parte muito satisfatórias.

Terminei o "Wolf Solent" de John Cowper Powys, o ritmo era lento mas lento também eu fui, entretanto já comprei dois livros seus de ensaios. Reli o "Way Station" do Clifford D. Symak, continua a ser dos meus livros de ficção científica preferidos, talvez pela ternura na escrita de Symak, um livro para mim tido como de trato humano e por isso iluminado. "Fogo Pálido" de Nabokov foi provavelmente a melhor leitura do mês, com certeza uma das melhores do ano, este livro é uma autêntica aula sobre o potencial da boa literatura. "O Homem Que Era Quinta-feira" do Chesterton também foi uma surpresa maravilhosa, não contava com um livro de linhas místicas, podia ser estranho, e é, ainda mais se associado a política roçar o bizarro, e roça, mas funcionou muito bem, uma narrativa a determinada altura alucinante. Não sendo semelhantes associo este livro ao "A Revolta dos Anjos" do Anatole France daria um exercício giro relacionar ambos de alguma forma. Por fim, "Zen in the Art of Writing" do Ray Bradbury, um livro querido, gosto do Bradbury e da forma descontraída como fala do ofício da escrita, ainda mais por utilizar clickbait (na verdade um readbait) num título antes de isso ainda ser uma coisa e de o explicar e usar como mote para o último ensaio do livro.

Abril foi um óptimo mês de leituras, daqui a nada volto com o Maio e, gostava eu, com todos os posts da minha mente, por mim ignorados e em espera de escrita. 

Sobre

21aafb00b84d1f9249b0b9a10481d2f3.pngO blog enquanto página pessoal tem como objectivo trazer um registo da vida que se insurge à correria do dia a dia, intervalos no intervalo. O "breve intervalo" surge como pausa, reflexão e memória do não empregue nos meus cadernos. Ao fim, essa outra vida trivial: a das opiniões, dos passeios, do não se querer esquecer e manter em permanente rascunho.

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