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E fez da vida ao fim…

breve intervalo

E fez da vida ao fim…

Há pouco vi este vídeo novo, "The Internet is Worse Than Ever - Now What?",  do canal Kurzgesagt - In a Nutshell no Youtube. Pensei logo ontem ter feito bem em criar uma nova conta de Instagram mas associada ao blog. Não há contradição, sigo nos meus termos e antes não sei bem os de quem seguiria, um outro eu talvez. Olhem para mim, e ainda não sigo ninguém. Quem quiser seguir é só ir pela ligação aqui no blog ou pelo user name @andmadelifeattheend. Tenho o blog há uns meses, ainda está nos seus ensaios, diz um dia surgir com vigor, espera-se. Continua comigo um cansaço gigante e não o entendo muito bem, diz em breve passar, espera-se. A última frase do vídeo devolveu-me algum sentido de justiça ao post anterior. Não prometo nada a não ser fugir da maluquice com que era brindado diariamente.

"We might be better off being a tiny bit separated."

As representações do padrão a ser seguido pouco mudam nas redes sociais. Se algum conceito alastra, estabelecendo-se comum, fica difícil existir online com alguma alternativa menosprezada por esse fluxo principal social. As redes no geral convidam à anulação o indivíduo, à propagação da idiotia pela conformidade e não contrastante da existência de conflito de ideias e visões. Ao podermos ser tudo o que quisermos, normalmente creio as pessoas escolherem ser o outro. Nisto fico com a certeza da resposta à pergunta se serão as opções escolhidas pela maioria realmente as melhores.

Há bastante tempo estava descontente com a forma como o Goodreads estagnou a sua plataforma, a forma pouco prática como a rede social se estabelecia priorizando talvez o mais importante para Bezos, não tanto o utilizador, as suas leituras. Na pandemia, em  2020, soube do surgimento de uma alternativa ao Goodreads, o The StoryGraph. Na altura a plataforma ainda estava em fase beta e vi então o seu potencial mas ainda limitado. Passados três anos reencontro a plataforma viva e de boa saúde, agora coesa e cheia de funcionalidades para quem gosta de rastrear as suas leituras, de estatísticas, mas não tanto de utilizar a rede como mais uma ferramenta com principal foco no social, aqui utilizando a desculpa dos livros para exercício de vaidade. Não vou discutir aqui as funcionalidades, não é o meu propósito. Lá regressei e fiquei no The StoryGraph e estou muito contente naquele canto. Não sei quando vou apagar a conta do Goodreads, já a tinha apagado anteriormente, ia com mais de uma década de registos de leituras (do qual não fiz backup), ficará a conta para já estagnada e o The StoryGraph passa a ser a minha escolha.

Acho determinante ter sido criado por uma mulher negra, Nadia Odunayo, engenheira informática. Não que o facto seja justificativo da escolha, mas antes um asserto da qualidade do trabalho desenvolvido por mulheres e existir enquanto resposta a certos espaços monopolizantes de homens normativos brancos onde nada há a oferecer além desse grande fluxo social da idiotia a servir essa existência por si só já priviligiada, se podemos falar em níveis diversos de privilégio. A estimular o desenvolvimento seja do valor intrínseco associado a algo, do que surge como alternativa com soluções e foco no que é, até ver, importante a esses utilizadores. Os livros, as leituras do indivíduo. Alguma socialização em volta disso e não o contrário, já temos o Instagram.

Sobre

21aafb00b84d1f9249b0b9a10481d2f3.pngO blog enquanto página pessoal tem como objectivo trazer um registo da vida que se insurge à correria do dia a dia, intervalos no intervalo. O "breve intervalo" surge como pausa, reflexão e memória do não empregue nos meus cadernos. Ao fim, essa outra vida trivial: a das opiniões, dos passeios, do não se querer esquecer e manter em permanente rascunho.

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